Força-tarefa organizada pela Prefeitura investiga despejos no Córrego do Onofre
Na manhã desta terça-feira (08), uma reunião emergencial entre membros do governo, secretarias de Desenvolvimento Econômico, Saúde, Comunicação, Coordenadoria do Meio Ambiente, Guarda Civil Municipal e SAAE discutiram as ações para identificar os responsáveis pelos despejos irregulares de substâncias desconhecidas no Córrego Onofre. A equipe visitou os pontos do córrego que foram afetados pelas contaminações, que nos últimos meses forçaram a SAAE a interromper por três vezes o abastecimento de água da ETA - III, estação que abastece 25% da população da cidade, englobando a região dos bairros Caetetuba, Jardim Imperial, Jardim Cerejeiras e Nova Atibaia. A vistoria teve por objetivo traçar a área onde deverão se concentrar as ações de investigação da origem do material poluente.
A primeira interrupção emergencial aconteceu no dia 5 de agosto, após a SAAE identificar mortandade de peixes num trecho do Córrego e realizar análise da água que teve como resultado uma substância conhecida como "fenol" numa proporção 500 vezes maior do que o tolerado. Na segunda interrupção, dia 20 de agosto, após nova morte de peixes e análise da água, foi necessário o esvaziamento total e higienização dos reservatórios, sendo descartados 3 milhões de litros de água. Nesta sexta-feira (4), novamente foi detectado que a água captada no manancial do Córrego estava com a qualidade comprometida para consumo humano, sendo necessária a interrupção da captação a partir das 12h da sexta até as 7h do sábado, sendo que o abastecimento para a população só foi totalmente normalizado na data de ontem, dia 7. A SAAE aguarda o resultado das análises aprofundadas da água coletada nas duas últimas interrupções.
A Prefeitura já vinha realizando levantamento de dados e informações, mas devido à intensidade e frequência da contaminação da água, foi determinada uma força-tarefa para o mapeamento de indústrias e empresas que operam na região afetada, além da localização e punição dos responsáveis pelo crime ambiental. A interface entre os órgãos e a determinação de que cada pasta amplie sua atuação, seja na fiscalização, autuação e identificação de despejos ilegais, pretende encerrar, o que além de ser um sério transtorno é um enorme e grave risco à saúde da população.
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