Quinta, 21 Nov 2024

Futebol: Nambu, um centroavante quase perfeito

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As pessoas que acompanhavam os jogos do futebol de Atibaia, seja na base, amador ou profissional deve ter ouvido falar em Moacyr Zanoni Júnior, o centroavante Nambu do Grêmio Esportivo Atibaiense, de técnica apurada, forte fisicamente, dribles rápidos e perfeitos, saindo para os dois lados e de potente chute com as duas pernas.

Nascido em 26 de abril de 1955, em Atibaia, onde mora, é casado com Sueli de Fátima Alves Zanoni e possui duas filhas, Daniela e Ana Paula, tem dois netos, o mais velho possui 4 anos e puxou o avô, só quer saber de jogar bola.

O topógrafo mora na Praça Bento Paes, no centro e estudou no Colégio Liceu Salesiano de Campinas, de 68 a 72, internato, depois em São Paulo na Escola Paulista de Agrimensura.

Começou a jogar futebol no campinho onde é o Posto de Saúde do Centro, por volta de 67/68 e jogou no Nacional do Atibaia Jardim, com o técnico Joel Padeiro, em 69 foi para o Colégio, continuou jogando e lá fez parte de um time quase imbatível. Em 72 retornou e defendeu o Cetebê no Campeonato Amador, com 15 anos, o técnico era Manoel Gomes Latorre, o saudoso Manequinho, ex-jogador do Cetebê.

Conquistou títulos como o Municipal pelo Cetebê, quando não havia as divisões de hoje, também a Copa Atibaia pelo Joaninos e a Primeira Divisão pelo Portão por duas vezes, mais um vice.

Fez testes nos juniores do Juventus, Palmeiras, São Paulo e Portuguesa; por duas oportunidades jogou pelo Grêmio Atibaiense na Terceira Divisão de profissionais e foi campeão regional, ao vencer o Socorrense na decisão, no Estádio Marcelo Stéfani, hoje Nabi Abi Chedid, o campo do Bragantino, na preliminar do Massa Bruta, que jogaria pelo Campeonato Paulista.

Algumas partidas no Grêmio ficaram na memória do torcedor, como na década de oitenta, quando no Paulista da Terceira Divisão, contra o Suzano, no primeiro tempo o goleiro Wesley foi expulso e Nambu teve que ir para o gol, posição que sabia e muito atuar.

A partida foi em Suzano, estava 1 a 0 para o time da casa e o Grêmio sem chances de se classificar não tinha interesse no resultado, diferente do adversário que precisava fazer um bom saldo de gols para passar à próxima fase. Nambu provocava o atacante Carlinhos, conhecido por ter defendido o Corinthians e o Inter/RS. Atrás do gol toda a imprensa de Suzano e região, que esperava uma goleada e Nambu dizia bem alto para todos ouvirem: "podem ir embora que aqui não vai entrar nada, ainda mais com esse cara chutando todas as bolas, ele não é de nada, podem abrir a barreira".

Os jogadores do Grêmio abriam, para desespero do técnico Ricardo Alfonsi e o atacante Carlinhos, enfurecido, chutava com toda força e Nambu fazia o seu show de defesas. O resultado foi 1 a 0. A terceira divisão era do mais alto nível técnico.

Outra passagem foi na estreia do Grêmio na Terceira Divisão, no Estádio Luis Passador, em Atibaia, venceu o Rochedale de Osasco por 7 a 2 e Nambu fez 5 gols. No segundo em Mogi das Cruzes, contra o União, todos na cidade e a equipe adversária estavam temendo o Grêmio, devido ao resultado da estreia e para impressionar os torcedores e o adversário, o preparador físico se empolgou com a presença do grande público, forçou o aquecimento e acabou por matar fisicamente o time antes do jogo começar, o Grêmio tomou de 4 a 1.

O União de Mogi contava com o zagueiro Djalma Dias ex-Palmeiras, a última participação como profissional, pai do meia Djalminha do Palmeiras, Flamengo, Guarani, futebol espanhol e Seleção.

Nambu jogou na Sociedade Italiana, 6 vezes campeão veteranos de Atibaia, que se transformou em Jardim dos Pinheiros/Big Soccer/Ferreira.

Torcedor do Santos admitiu que viu pouco o Rei Pelé atuar e apontou como melhor jogador que viu, o argentino Maradona. Em Atibaia, para ele o melhor foi Alfredo, o Fedô do Botafogo, do famoso chapéu de carretilha. Nambu falou sobre seu jogo: "eu era rápido, driblava bem e saia para os dois lados, chutava forte com os dois pés, mas fraco no cabeceio. Já o Fedô além de possuir todas essas qualidades, também cabeceava com força e precisão. Em Atibaia joguei por todos os times, mas o que mais gostava era o Grêmio, pelas amizades feitas e conservadas até hoje", finalizou.

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