Vacinas contra a Covid-19: respostas para as dúvidas mais comuns
QUAIS VACINAS ESTÃO DISPONÍVEIS NO BRASIL?
CORONAVAC
Laboratório responsável: Instituto Butantan
Tipo: Vírus inativado
Doses/ intervalo: 2 doses 14-28 dias
Local de aplicação: Intramuscular
Efeitos colaterais mais frequentes: Dor local, náuseas, mialgia, cefaleia
OXFORD/ASTRAZENECA
Laboratório responsável: Fiocruz
Tipo: Vetor viral (adenovírus)
Doses/ intervalo: 2 doses 4-12 semanas
Local de aplicação: Intramuscular
Efeitos colaterais mais frequentes: Dor local, náuseas, mialgia
QUAIS COMPLICAÇÕES AS VACINAS PODEM CAUSAR?
Na maioria dos casos as complicações são consideradas "leves".
As mais comuns são dor no local da aplicação, cansaço e dor de cabeça. Outras complicações podem aparecer, como inchaço, coceira, endurecimento no local, náusea, diarreia, dor muscular, tosse, dor nas articulações, coriza, dor de garganta e nariz entupido. Já as mais raras são hematoma, vômito, sono, febre, manchas na pele, espirros, tontura, dor de barriga e diminuição de apetite.
POSSO ESCOLHER QUAL VACINA TOMAR?
Não é possível. As vacinas estão sendo distribuídas pelo Programa Nacional de Imunizações.
É POSSÍVEL TOMAR DUAS VACINAS DIFERENTES?
A recomendação é receber duas doses da mesma vacina. Isso porque, até o momento, combinações de vacinas diferentes não foram avaliadas em estudos científicos.
TOMEI A PRIMEIRA DOSE DE CORONAVAC. O QUE OCORRE SE EU NÃO TOMAR A SEGUNDA DOSE COM EXATOS 28 DIAS DE INTERVALO?
Estudos demonstraram que intervalos maiores entre as doses são mais eficazes (a soroconversão com intervalo de 14 dias foi de 92% e, para o intervalo de 28 dias, foi de 97%). Assim, embora o intervalo estudado seja de 28 dias, provavelmente não há problema em receber a segunda dose alguns dias após esse intervalo.
HÁ UM INTERVALO MÍNIMO PARA A SEGUNDA DOSE DA VACINA DA OXFORD/ASTRAZENECA?
Na bula aprovada para esta vacina, recomenda-se que a segunda dose seja administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira. Os estudos também demonstram que intervalos maiores entre as doses são associados a maior eficácia.
QUEM JÁ TEVE COVID-19 PODE TOMAR A VACINA?
Sim. Desde que o início dos sintomas tenha ocorrido há pelo menos 4 semanas. Se houve diagnóstico de COVID-19 há menos de 4 semanas, você não deverá tomar a vacina nesse período. Quem foi diagnosticado com COVID-19, porém não teve sintomas, deverá tomar a vacina a partir de 4 semanas do resultado do exame.
PESSOAS QUE TOMAM IMUNOSSUPRESSORES OU QUE TENHAM DOENÇAS QUE BAIXAM A IMUNIDADE PODEM TOMAR A VACINA?
Sim. Inclusive pessoas que tomam corticoide, antibiótico e quimioterapia. Todas as pessoas com HIV, asma, doença autoimune, doenças pulmonares, cirrose, diabetes, pressão alta, doenças do coração, câncer, transplantados e com epilepsia podem tomar a vacina. Na dúvida, converse com seu médico.
QUEM FAZ USO DE ANTICOAGULANTE PODE TOMAR A VACINA?
Pode, mas como ela é aplicada com uma agulha, no local poderá aparecer um hematoma. É importante que você informe o uso dessa medicação para que a instituição de saúde aplique gelo ou Gelox por 5 minutos no local, diminuindo assim a chance de hematoma.
QUEM TOMOU VACINA CONTRA OUTRAS DOENÇAS PODE TOMAR A VACINA CONTRA COVID-19?
Pode, mas é recomendado um intervalo de 14 dias entre as vacinas.
QUEM TEM ALERGIA A OVO PODE TOMAR A VACINA?
Sim, pois não há elementos retirados do ovo nos componentes das vacinas.
GRÁVIDAS PODEM SER VACINADAS?
Ainda não há estudos sobre a segurança das vacinas em grávidas; mas, algumas sociedades médicas, como a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e a Sociedade Brasileira de Infectologia, recomendam vacinar grávidas especialmente no terceiro trimestre da gestação. A decisão sobre vaciná-las deve ser individualizada, baseando-se no risco de exposição e de complicações (grávidas com outros fatores de risco, como obesidade, hipertensão, etc.).
LACTANTES PODEM SER VACINADAS?
Provavelmente, sim. No entanto, não há estudos com lactantes. Compartilhe essa decisão com seu médico.
QUEM PRETENDE ENGRAVIDAR PODE TOMAR A VACINA?
Sim. Mas, por cautela diante da ausência de estudos, evite engravidar no mês subsequente às doses.
QUEM ESTÁ COM FEBRE PODE TOMAR A VACINA?
Se você estiver com febre no dia da aplicação ou na véspera, não poderá tomar a vacina.
QUEM ESTÁ GRIPADO(A) PODE TOMAR A VACINA?
Se você estiver com febre no dia da aplicação ou na véspera, não poderá tomar a vacina. Não, inclusive você deve ficar em casa, isolado, pois pode estar com COVID-19.
POR QUE É IMPORTANTE QUE TODOS TOMEM A VACINA?
Havendo infecção pelo coronavírus, a vacina protege a pessoa contaminada de sintomas mais graves, evitando hospitalizações e mortes. Impedir a contaminação de mais pessoas. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor o risco de doença e a chance de circulação do vírus. Por exemplo, em Israel, onde já foi vacinada grande parte da população, houve diminuição importante no número de internações.
QUANTO TEMPO APÓS TOMAR A VACINA ESTAREI PROTEGIDO CONTRA A COVID-19?
Sabemos que a proteção não é imediata. Os dados atuais apontam que o período de duas semanas após a segunda dose é suficiente para que as pessoas vacinadas desenvolvam resposta imunológica.
A VACINA PODE CAUSAR COVID-19?
Não. A vacina contém o vírus inativado ou vetor viral, que não possui a capacidade de se replicar e causar a doença. Apesar disso, pode causar efeitos colaterais, como dor no corpo, mal-estar, dor no local da aplicação, entre outros já citados. Esses sintomas podem ser confundidos com a doença; entretanto, regridem rápido e não evoluem para complicações.
APÓS TOMAR A VACINA EU POSSO TER A DOENÇA?
Sim. Nenhuma vacina existente (nem para outros vírus e bactérias) apresenta 100% de eficácia. As duas vacinas disponíveis no Brasil têm eficácia de 50-70%, ou seja, a chance de pegar a doença ainda existe, mas é bem menor do que sem a vacina.
AS VACINAS PODEM CAUSAR MUTAÇÕES NO DNA?
Não. As vacinas usadas no Brasil neste momento são de vírus inativado ou vetor viral. Assim, após a aplicação, o nosso organismo reconhece partes importantes do vírus e produz anticorpos para que, num próximo contato, já tenhamos anticorpos de defesa. Algumas vacinas ainda não aprovadas para uso no Brasil, como a da Pfizer e da Moderna, utilizam RNA mensageiro, mas não são capazes de alterar o DNA*. *Informação atualizada até 25/02/2021.
AS VACINAS CAUSAM AUTISMO?
Não. A relação de vacinas com o autismo foi relatada na década de 1990 em um artigo com a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), que, posteriormente, foi provado ser fraudulento, com seu autor sendo banido da comunidade científica. Estudos posteriores, realizados com mais de 650 mil crianças, mostraram que não existe relação da vacinação com o autismo.
AS VACINAS FORNECERÃO PROTEÇÃO EM LONGO PRAZO?
Ainda é muito cedo para saber se as vacinas contra a COVID-19 fornecerão proteção no longo prazo. Mais estudos serão necessários para responder a esta pergunta. No entanto, é encorajador que os dados disponíveis sugiram que a maioria das pessoas que se recuperam de COVID-19 desenvolvem uma resposta imunológica que fornece pelo menos algum período (6 a 8 meses) de proteção contra reinfecção.
APÓS TOMAR A SEGUNDA DOSE POSSO SUSPENDER OS CUIDADOS CONVENCIONAIS?
Não. É necessário continuar com todas estas medidas por algumas razões: As vacinas não têm efeito imediato, ou seja, leva um tempo para que o organismo crie imunidade, que, em geral, ocorre 2 semanas após a segunda dose; Ainda não se sabe se as pessoas vacinadas não transmitirão mais o vírus; Temos visto o surgimento de variantes e ainda não conhecemos a eficácia das vacinas contra estas cepas. Portanto, não podemos relaxar com as medidas de segurança e prevenção. E lembre-se de que algumas pessoas poderão contrair COVID-19 mesmo após vacinadas.
SE EU PRECISO CONTINUAR COM OS MESMOS PROTOCOLOS DE PREVENÇÃO E POSSO CONTRAIR A DOENÇA, POR QUE ME VACINAR?
Porque sabemos que a vacina protege das formas mais graves da doença e também diminui as chances de óbito, e porque esperamos que haja uma diminuição na circulação do vírus após um número expressivo de pessoas vacinadas.
AS VACINAS TÊM UM "CHIP" PARA RASTREAR AS PESSOAS VACINADAS?
Não existe nenhum tipo de dispositivo eletrônico em nenhuma das vacinas.
A CORONAVAC NÃO É SEGURA POR QUE É CHINESA?
A vacina CoronaVac foi desenvolvida inicialmente pela empresa chinesa Sinovac, que já tinha tecnologia decorrente de pesquisa com outros tipos de coronavírus (Sars-CoV-1 e Mers-CoV). Passou pelas fases 1 e 2 de pesquisa clínica, e a fase 3 (em que o número de participantes é maior e o objetivo é avaliar sua eficácia) foi realizada em diversos países, incluindo o Brasil. Aqui, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Butantan em parceria com universidades e instituições reconhecidas pelo trabalho sério em pesquisas. A vacina, que tem origem chinesa, foi testada e aprovada no Brasil e já tem parte da produção ocorrendo aqui.
A VACINA É FEITA COM FETOS ABORTADOS?
A vacina é feita com vírus inativado e, para esse processo, são utilizadas células humanas para cultivo celular. Nenhuma célula proveniente de fetos é utilizada.
OS ESTUDOS COM AS VACINAS FORAM FEITOS DE FORMA MUITO RÁPIDA. É POSSÍVEL CONFIAR?
O rigor e o método científico foram mantidos para todas as vacinas. Elas foram avaliadas nas 3 fases de pesquisa. O processo regulatório brasileiro, e em outras agências, também foi cumprido. A vacina foi desenvolvida de forma rápida, pois a base da tecnologia usada já existia. Além disso, pela situação de pandemia, muitas indústrias focaram todos os esforços nas pesquisas de uma vacina específica, com investimento alto. Assim, com o financiamento e o interesse científico, o processo para desenvolver e estudar vacinas ficou bem mais rápido. Além disso, como havia muitos casos da doença em todos os países durante a fase clínica de testes, foi possível termos o desfecho principal dos estudos num curto período de tempo.
EM QUAIS PAÍSES ESTÃO SENDO UTILIZADAS AS VACINAS ATUALMENTE DISPONÍVEIS NO BRASIL?
CORONAVAC: China, Turquia, Indonésia e Chipre.
OXFORD/ASTRAZENECA: Inglaterra, Maldivas, Marrocos, Mianmar, Nepal, Irlanda, Escócia e Sri Lanka.
Fonte: Curadoria de conteúdo: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Sírio-Libanês)
CORONAVAC
Laboratório responsável: Instituto Butantan
Tipo: Vírus inativado
Doses/ intervalo: 2 doses 14-28 dias
Local de aplicação: Intramuscular
Efeitos colaterais mais frequentes: Dor local, náuseas, mialgia, cefaleia
OXFORD/ASTRAZENECA
Laboratório responsável: Fiocruz
Tipo: Vetor viral (adenovírus)
Doses/ intervalo: 2 doses 4-12 semanas
Local de aplicação: Intramuscular
Efeitos colaterais mais frequentes: Dor local, náuseas, mialgia
QUAIS COMPLICAÇÕES AS VACINAS PODEM CAUSAR?
Na maioria dos casos as complicações são consideradas "leves".
As mais comuns são dor no local da aplicação, cansaço e dor de cabeça. Outras complicações podem aparecer, como inchaço, coceira, endurecimento no local, náusea, diarreia, dor muscular, tosse, dor nas articulações, coriza, dor de garganta e nariz entupido. Já as mais raras são hematoma, vômito, sono, febre, manchas na pele, espirros, tontura, dor de barriga e diminuição de apetite.
POSSO ESCOLHER QUAL VACINA TOMAR?
Não é possível. As vacinas estão sendo distribuídas pelo Programa Nacional de Imunizações.
É POSSÍVEL TOMAR DUAS VACINAS DIFERENTES?
A recomendação é receber duas doses da mesma vacina. Isso porque, até o momento, combinações de vacinas diferentes não foram avaliadas em estudos científicos.
TOMEI A PRIMEIRA DOSE DE CORONAVAC. O QUE OCORRE SE EU NÃO TOMAR A SEGUNDA DOSE COM EXATOS 28 DIAS DE INTERVALO?
Estudos demonstraram que intervalos maiores entre as doses são mais eficazes (a soroconversão com intervalo de 14 dias foi de 92% e, para o intervalo de 28 dias, foi de 97%). Assim, embora o intervalo estudado seja de 28 dias, provavelmente não há problema em receber a segunda dose alguns dias após esse intervalo.
HÁ UM INTERVALO MÍNIMO PARA A SEGUNDA DOSE DA VACINA DA OXFORD/ASTRAZENECA?
Na bula aprovada para esta vacina, recomenda-se que a segunda dose seja administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira. Os estudos também demonstram que intervalos maiores entre as doses são associados a maior eficácia.
QUEM JÁ TEVE COVID-19 PODE TOMAR A VACINA?
Sim. Desde que o início dos sintomas tenha ocorrido há pelo menos 4 semanas. Se houve diagnóstico de COVID-19 há menos de 4 semanas, você não deverá tomar a vacina nesse período. Quem foi diagnosticado com COVID-19, porém não teve sintomas, deverá tomar a vacina a partir de 4 semanas do resultado do exame.
PESSOAS QUE TOMAM IMUNOSSUPRESSORES OU QUE TENHAM DOENÇAS QUE BAIXAM A IMUNIDADE PODEM TOMAR A VACINA?
Sim. Inclusive pessoas que tomam corticoide, antibiótico e quimioterapia. Todas as pessoas com HIV, asma, doença autoimune, doenças pulmonares, cirrose, diabetes, pressão alta, doenças do coração, câncer, transplantados e com epilepsia podem tomar a vacina. Na dúvida, converse com seu médico.
QUEM FAZ USO DE ANTICOAGULANTE PODE TOMAR A VACINA?
Pode, mas como ela é aplicada com uma agulha, no local poderá aparecer um hematoma. É importante que você informe o uso dessa medicação para que a instituição de saúde aplique gelo ou Gelox por 5 minutos no local, diminuindo assim a chance de hematoma.
QUEM TOMOU VACINA CONTRA OUTRAS DOENÇAS PODE TOMAR A VACINA CONTRA COVID-19?
Pode, mas é recomendado um intervalo de 14 dias entre as vacinas.
QUEM TEM ALERGIA A OVO PODE TOMAR A VACINA?
Sim, pois não há elementos retirados do ovo nos componentes das vacinas.
GRÁVIDAS PODEM SER VACINADAS?
Ainda não há estudos sobre a segurança das vacinas em grávidas; mas, algumas sociedades médicas, como a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e a Sociedade Brasileira de Infectologia, recomendam vacinar grávidas especialmente no terceiro trimestre da gestação. A decisão sobre vaciná-las deve ser individualizada, baseando-se no risco de exposição e de complicações (grávidas com outros fatores de risco, como obesidade, hipertensão, etc.).
LACTANTES PODEM SER VACINADAS?
Provavelmente, sim. No entanto, não há estudos com lactantes. Compartilhe essa decisão com seu médico.
QUEM PRETENDE ENGRAVIDAR PODE TOMAR A VACINA?
Sim. Mas, por cautela diante da ausência de estudos, evite engravidar no mês subsequente às doses.
QUEM ESTÁ COM FEBRE PODE TOMAR A VACINA?
Se você estiver com febre no dia da aplicação ou na véspera, não poderá tomar a vacina.
QUEM ESTÁ GRIPADO(A) PODE TOMAR A VACINA?
Se você estiver com febre no dia da aplicação ou na véspera, não poderá tomar a vacina. Não, inclusive você deve ficar em casa, isolado, pois pode estar com COVID-19.
POR QUE É IMPORTANTE QUE TODOS TOMEM A VACINA?
Havendo infecção pelo coronavírus, a vacina protege a pessoa contaminada de sintomas mais graves, evitando hospitalizações e mortes. Impedir a contaminação de mais pessoas. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor o risco de doença e a chance de circulação do vírus. Por exemplo, em Israel, onde já foi vacinada grande parte da população, houve diminuição importante no número de internações.
QUANTO TEMPO APÓS TOMAR A VACINA ESTAREI PROTEGIDO CONTRA A COVID-19?
Sabemos que a proteção não é imediata. Os dados atuais apontam que o período de duas semanas após a segunda dose é suficiente para que as pessoas vacinadas desenvolvam resposta imunológica.
A VACINA PODE CAUSAR COVID-19?
Não. A vacina contém o vírus inativado ou vetor viral, que não possui a capacidade de se replicar e causar a doença. Apesar disso, pode causar efeitos colaterais, como dor no corpo, mal-estar, dor no local da aplicação, entre outros já citados. Esses sintomas podem ser confundidos com a doença; entretanto, regridem rápido e não evoluem para complicações.
APÓS TOMAR A VACINA EU POSSO TER A DOENÇA?
Sim. Nenhuma vacina existente (nem para outros vírus e bactérias) apresenta 100% de eficácia. As duas vacinas disponíveis no Brasil têm eficácia de 50-70%, ou seja, a chance de pegar a doença ainda existe, mas é bem menor do que sem a vacina.
AS VACINAS PODEM CAUSAR MUTAÇÕES NO DNA?
Não. As vacinas usadas no Brasil neste momento são de vírus inativado ou vetor viral. Assim, após a aplicação, o nosso organismo reconhece partes importantes do vírus e produz anticorpos para que, num próximo contato, já tenhamos anticorpos de defesa. Algumas vacinas ainda não aprovadas para uso no Brasil, como a da Pfizer e da Moderna, utilizam RNA mensageiro, mas não são capazes de alterar o DNA*. *Informação atualizada até 25/02/2021.
AS VACINAS CAUSAM AUTISMO?
Não. A relação de vacinas com o autismo foi relatada na década de 1990 em um artigo com a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), que, posteriormente, foi provado ser fraudulento, com seu autor sendo banido da comunidade científica. Estudos posteriores, realizados com mais de 650 mil crianças, mostraram que não existe relação da vacinação com o autismo.
AS VACINAS FORNECERÃO PROTEÇÃO EM LONGO PRAZO?
Ainda é muito cedo para saber se as vacinas contra a COVID-19 fornecerão proteção no longo prazo. Mais estudos serão necessários para responder a esta pergunta. No entanto, é encorajador que os dados disponíveis sugiram que a maioria das pessoas que se recuperam de COVID-19 desenvolvem uma resposta imunológica que fornece pelo menos algum período (6 a 8 meses) de proteção contra reinfecção.
APÓS TOMAR A SEGUNDA DOSE POSSO SUSPENDER OS CUIDADOS CONVENCIONAIS?
Não. É necessário continuar com todas estas medidas por algumas razões: As vacinas não têm efeito imediato, ou seja, leva um tempo para que o organismo crie imunidade, que, em geral, ocorre 2 semanas após a segunda dose; Ainda não se sabe se as pessoas vacinadas não transmitirão mais o vírus; Temos visto o surgimento de variantes e ainda não conhecemos a eficácia das vacinas contra estas cepas. Portanto, não podemos relaxar com as medidas de segurança e prevenção. E lembre-se de que algumas pessoas poderão contrair COVID-19 mesmo após vacinadas.
SE EU PRECISO CONTINUAR COM OS MESMOS PROTOCOLOS DE PREVENÇÃO E POSSO CONTRAIR A DOENÇA, POR QUE ME VACINAR?
Porque sabemos que a vacina protege das formas mais graves da doença e também diminui as chances de óbito, e porque esperamos que haja uma diminuição na circulação do vírus após um número expressivo de pessoas vacinadas.
AS VACINAS TÊM UM "CHIP" PARA RASTREAR AS PESSOAS VACINADAS?
Não existe nenhum tipo de dispositivo eletrônico em nenhuma das vacinas.
A CORONAVAC NÃO É SEGURA POR QUE É CHINESA?
A vacina CoronaVac foi desenvolvida inicialmente pela empresa chinesa Sinovac, que já tinha tecnologia decorrente de pesquisa com outros tipos de coronavírus (Sars-CoV-1 e Mers-CoV). Passou pelas fases 1 e 2 de pesquisa clínica, e a fase 3 (em que o número de participantes é maior e o objetivo é avaliar sua eficácia) foi realizada em diversos países, incluindo o Brasil. Aqui, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Butantan em parceria com universidades e instituições reconhecidas pelo trabalho sério em pesquisas. A vacina, que tem origem chinesa, foi testada e aprovada no Brasil e já tem parte da produção ocorrendo aqui.
A VACINA É FEITA COM FETOS ABORTADOS?
A vacina é feita com vírus inativado e, para esse processo, são utilizadas células humanas para cultivo celular. Nenhuma célula proveniente de fetos é utilizada.
OS ESTUDOS COM AS VACINAS FORAM FEITOS DE FORMA MUITO RÁPIDA. É POSSÍVEL CONFIAR?
O rigor e o método científico foram mantidos para todas as vacinas. Elas foram avaliadas nas 3 fases de pesquisa. O processo regulatório brasileiro, e em outras agências, também foi cumprido. A vacina foi desenvolvida de forma rápida, pois a base da tecnologia usada já existia. Além disso, pela situação de pandemia, muitas indústrias focaram todos os esforços nas pesquisas de uma vacina específica, com investimento alto. Assim, com o financiamento e o interesse científico, o processo para desenvolver e estudar vacinas ficou bem mais rápido. Além disso, como havia muitos casos da doença em todos os países durante a fase clínica de testes, foi possível termos o desfecho principal dos estudos num curto período de tempo.
EM QUAIS PAÍSES ESTÃO SENDO UTILIZADAS AS VACINAS ATUALMENTE DISPONÍVEIS NO BRASIL?
CORONAVAC: China, Turquia, Indonésia e Chipre.
OXFORD/ASTRAZENECA: Inglaterra, Maldivas, Marrocos, Mianmar, Nepal, Irlanda, Escócia e Sri Lanka.
Fonte: Curadoria de conteúdo: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Sírio-Libanês)
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