Quarta, 29 Jan 2025

Neurociência apoia a Letra Cursiva

Em um mundo digital, a letra cursiva começou a ser colocada de lado por alguns profissionais que acreditam que o importante é aprender a escrever. Será? Segundo a neurocientista Claudia Aguirre, que mora na Califórnia, "mais e mais pesquisas sustentam a ideia de que escrever letras em cursivo, especialmente em comparação com digitar, ativa caminhos neurais específicos que facilitam e otimizam o aprendizado e o desenvolvimento da linguagem".

Pesquisadores identificaram que aprender as letras por meio da escrita cursiva ativa redes do cérebro que não são ativadas pela digitação em um teclado. Incluindo áreas cerebrais que têm papel fundamental no desenvolvimento da leitura.

Ou seja, a digitação usa funções cerebrais diferentes. A letra cursiva e os materiais impressos são fundamentais para o aprendizado consistente, auxiliando na memória e muitas outras funções.

No caso da digitação, os movimentos do dedo são os mesmos para qualquer tecla de letra. Como consequência, irão perdendo a habilidade de escrita e terão sua coordenação motora fina prejudicada.

Quando falamos em aprendizagem, existem pré-requisitos e habilidades que ajudam a nos desenvolvermos em determinadas áreas. Por exemplo, a escrita em letra cursiva facilita a aprendizagem da leitura.

Levando em conta que um dos maiores desafios atuais é reduzir o tempo de tela das crianças e adolescentes, acredito que dar um passo atrás será necessário. Algumas coisas não podem simplesmente ser abolidas do sistema de ensino, pois os prejuízos serão enormes no futuro.

Mesmo diante das diferenças globais, as pesquisas reforçam que aprender letra cursiva oferece benefícios, não há lado negativo nessa aprendizagem. E embora a ligação entre escrever à mão e melhorar a leitura não sejam necessariamente causais, alguns educadores temem que o abandono da letra cursiva pode piorar o desempenho de alunos em sua capacidade de ler textos.

Escrever é muito importante, trabalho muito isso com os meus pacientes em consultório, pois eles apresentam muita resistência com a escrita, uma vez que a própria escola vinha exagerando no uso de aparelhos eletrônicos. Não podemos esquecer que o mero ato de escrever ajuda a memória e o aprendizado de palavras.

Como disse o especialista Voltz-Poremba: "É importante achar um equilíbrio para garantir que os alunos tenham habilidades que sejam obtidas sem o uso da tecnologia".

* A autora é Neuropsicopedagoga e Psicopedagoga Clínica, Pedagoga com Habilitação em Administração Escolar, Especialista em Intervenção ABA no Autismo e Deficiência Intelectual, Professora/Formadora em Educação Inclusiva, além de Coach Pessoal, Profissional e Líder Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Analista Comportamental Disc pela Gestor Performance. Possui experiência de mais de 20 anos na área, atuando no âmbito escolar, clínico, empresarial. Contatos: E-mail: crissaraguci@hotmail.com. Instagram: @neuropsicocristianesaraguci. Facebook: @neuropsicocristianesaraguci. Site: www.cristianesaraguci.com.br

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