Córrego do Onofre: Força-tarefa investiga despejos criminosos de substâncias desconhecidas

Na manhã de quinta-feira (17), para identificar os responsáveis, foi realizada uma força tarefa da Polícia Civil em conjunto com a SAAE Atibaia para instrução de inquérito policial que investiga despejos criminosos de substâncias desconhecidas no Córrego do Onofre.

A ação que contou com a equipe do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Atibaia sob o comando do delegado Dr. Elton Costa, e a Equipe Técnica da SAAE, começou logo no início da manhã, no bairro Ribeirão dos Porcos, e se estendeu durante todo o dia, encerrando no bairro do Portão.

Fábricas instaladas nesses bairros e próximas ao Córrego do Onofre, foram visitadas para averiguar indícios de material suspeito estocado, ação que resultou em algumas coletas desses materiais para análise.
O lançamento de substâncias desconhecidas afetou, nos últimos dois meses, por três vezes, a qualidade da água captada no manancial, forçando a SAAE a interromper o abastecimento de água da ETA III, estação que abastece 25% da população da cidade, sobretudo moradores dos bairros Caetetuba, Jardim Imperial, Jardim Cerejeiras e Nova Atibaia.
A Prefeitura já vinha realizando levantamento de dados e informações, mas devido à intensidade e frequência da contaminação da água, foi determinada uma força-tarefa para o mapeamento de indústrias e empresas que operam na região afetada, além da localização e punição dos responsáveis pelo crime ambiental.

Poluir mananciais com risco de danos à saúde humana ou mortandade de animais e destruição significativa da flora, pode ser punido com pena de reclusão de um a cinco anos.
Entenda o que aconteceu:
- Meados de fevereiro: ocorrência de odor e sabor de plástico na água, porém com análise inconclusiva;
- 5 de agosto: primeira interrupção emergencial, com mortandade de peixes. Identificada na análise presença de fenol, em proporção 500 vezes maior do que o tolerado;
- 20 de agosto: segunda interrupção, novamente com morte de peixes. Foi necessário o esvaziamento total e higienização dos reservatórios, com descarte de 3 milhões de litros de água;
- 4 de setembro: terceira interrupção, nova presença de peixe mortos.

A SAAE aguarda o resultado das análises aprofundadas da água coletada nas duas últimas interrupções.

Fonte: Jornal g8