Serginho Ottoni, o artilheiro de uma geração de campeões do Alvinópolis
Considerado por muitos como um dos maiores artilheiros que Atibaia já teve. Em 20 de janeiro de 2007, publicamos no Programa Em Algum Lugar do Passado, a entrevista concedida ao Jornal Atibaia Hoje, em que o ex-jogador, hoje falecido, contou um pouco de sua trajetória no futebol.
O corintiano Sérgio Ribeiro de Souza Ottoni, nascido na capital em 12/01/1967, na Pompéia, São Paulo, se estivesse vivo teria 53 anos, morou em Presidente Bernardes e Bauru e chegou a Atibaia em 74, com 7 anos.
Era casado com Silvia Helena, teve três filhos: André, Gabriela e João Vitor.
Advogado, também foi comerciante, a carreira no futebol começou com 10 anos, no Cruzeirinho do Alvinópolis e aos 12 entrou na escolinha do treinador Vicentão Queiroz e o considerava como seu pai no futebol, conquistando todos os títulos de base.
Em 84 com 17 anos começou a disputar o Campeonato Amador pelo Alvinópolis, na semifinal eliminou o Grêmio, temido e que contava com Scarelli, Nambu, Rato e Cardoso. Na final perdeu para o Milionários.
Em 85 foi vice ao empatar por 1 a 1 com o SPR e perder por 5 a 3 nos pênaltis e nesta época estava no expressinho do São Paulo FC e em seguida entrou nos juniores, ficando até julho de 86, quando foi para o Bassano da Terceira Divisão da Itália, ficando três meses na casa do ex-jogador Chinezinho do Palmeiras.
Na semifinal de 85 o Alvinópolis jogou com o Portão, no estádio Marcelo Stefani, hoje Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, campo do Bragantino, devido à falta de segurança em Atibaia e a torcida do Alvinópolis lotou vários ônibus rumo à Bragança. Serginho cruzou a bola e Orlando fez o gol da vitória, 1 a 0.
Em 87 e 88, defendeu o Grêmio na Terceira Divisão de profissionais do Paulista, os técnicos eram Ricardo Alfonsi e Vicente Queiroz.
Em 89 e 90 jogou em Bragança pelo São Lourenço, Legionários e Ferroviários.
Em 90 e 91 voltou ao Alvinópolis e ficou até 99, conquistando títulos ao lado de boleiros como Sapeiro, Tatuí, Eli, Davi e Décio; todos de São Paulo e outras feras locais. Teve rápida passagem pelo Botafogo na Segunda Divisão, a pedido do presidente Orlando e conquistaram o acesso à Primeira e o título.
Em 95 conquistou a Segunda Divisão pelo Alvinópolis e o recolocou na primeira, pois em 94 sofreu WO na Boa Vista, diante do Centro Rural, devido ao atraso dos jogadores de São Paulo e o time foi rebaixado. No mesmo ano conquistou a Copa Atibaia e em 96 foi campeão da Primeira e da Copa, sobre o Cetebê e avisou ao cunhado Massa, um dia antes, que marcaria um gol nele e o goleiro não acreditou quando sofreu o gol de falta. No segundo jogo fez mais um.
Em 97 foi campeão da Copa sobre o Atlético da Vila, que contava com o Massa e Serginho fez o gol e disse: "ele é meu eterno freguês".
No mesmo ano o Alvinópolis perdeu a invencibilidade de três anos ao perder por 3 a 1 para o SPR, que mais tarde foi campeão da Primeira. Neste ano seu time disputou o Amador do Estado, eliminando times fortes como o Grêmio Coplastil/Unidos de Bragança, ao derrotá-lo por 2 a 1 e o Flamengo de Guarulhos por 4 a 2, de virada, no Alvinópolis lotado. Nas quartas de final venceram por WO o time de Taubaté por falta de segurança, mas a Federação remarcou o jogo e o time foi desfalcado, tendo que contar com o goleiro Wesley na linha e foi eliminado.
Em 2000 foi para o Cetebê e perdeu a semifinal para o Rosário. Nos veteranos participou das conquistas da Sociedade Italiana, que virou Jardim dos Pinheiros/Big Soccer/Ferreira, dos seis títulos venceu 3 (2001, 2002 e 2003) e o título da Primeira Copa Regional Master de Perdões em 2006, vencendo na decisão o Sítio, também de Atibaia, 3 a 0, dando passe perfeito para o Aranha fazer o primeiro gol e fez um belo gol na vitória por 1 a 0 na semi, sobre o Portão, chute de fora da área no ângulo.
Serginho disse que se pudesse voltar atrás não teria deixado o São Paulo como fez, na ilusão de jogar fora do Brasil.
O melhor jogador que viu foi o Zico do Flamengo e da Seleção.
Em Atibaia os melhores jogadores foram: Ozório (Alvinópolis) e Ben-Hur (Cetebê) e declarou: "quem tem o Ben-Hur começa com meio caminho traçado para a vitória, possui extrema qualidade, tranquilidade e é insubstituível".
Serginho faleceu em 8/12/2008.
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