Benefícios da atividade física no autismo
O Transtorno do Espectro Autista - TEA, é um transtorno do neurodesenvolvimento e indivíduos diagnosticados com TEA, além de apresentarem uma série de déficits de comunicação, motores, cognitivos, sociais, apresentam um baixo índice de atividade física se comparado com aqueles que não possuem o transtorno.
A atividade física é recomenda para todas as pessoas, pois ela impacta positivamente a dimensão físico/motora. Além de prevenir doenças crônicas não transmissíveis, promove de modo significativo alterações nas capacidades metabólicas e funcionais. A atividade física para indivíduos autistas é ainda mais benéfica, pois pode reduzir o comportamento agressivo, aprimorar o controle do próprio corpo e aptidão física, o desenvolvimento social, físico e motor, melhorar a qualidade de sono, além de reduzir a ansiedade e a depressão.
Estudos mostram que a atividade física regular para estes indivíduos melhora a concentração, a memória, a performance acadêmica, e a percepção de si mesmo, aprimorando assim a saúde mental do indivíduo.
Apesar da atividade física ser benéfica para os indivíduos com TEA, existem algumas barreiras. Os familiares que acompanham a vida da criança com TEA indicam algumas dessas barreiras, como: habilidade motora fraca, problemas comportamentais e de aprendizado, dificuldade com habilidades sociais, requerem muita supervisão, possuem poucos amigos, profissionais não-qualificados para lidar com o público, poucas oportunidades de exercício.
De qualquer forma, mesmo diante de barreiras, é importante buscar inserir atividade física na vida dos indivíduos com TEA, pois os benefícios são enormes, ajudando no desenvolvimento em geral. Atividades físicas muito recomendadas são as realizadas na água, pois elas são prazerosas e de baixo impacto, causando maior sensação de bem-estar, acalmando e melhorando a saúde física e mental dos indivíduos.
Na hora de escolher a atividade física, leve em conta as características do indivíduo, buscando não o forçar a participar de atividades que são muito aversivas para ele. A atividade deve ser prazerosa e divertida. Também é importante entender se o profissional que irá atendê-lo é capacitado para lidar com este público, pois saber manejar os comportamentos e respeitar os limites é fundamental.
Agora, se o dinheiro está curto, procure atividades que estão dentro da realidade familiar, uma caminhada, por exemplo, é de graça e pode trazer grandes benefícios. O importante é não desistir!
* A autora é Neuropsicopedagoga e Psicopedagoga Clínica, Pedagoga com Habilitação em Administração Escolar, Especialista em Intervenção ABA no Autismo e Deficiência Intelectual, Professora/Formadora em Educação Inclusiva, além de Coach Pessoal, Profissional e Líder Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Analista Comportamental Disc pela Gestor Performance. Possui experiência de mais de 20 anos na área, atuando no âmbito escolar, clínico, empresarial. Contatos: E-mail: crissaraguci@hotmail.com. Instagram: @neuropsicocristianesaraguci. Facebook: @neuropsicocristianesaraguci. Site: www.cristianesaraguci.com.br
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