Produção de crisântemos em Atibaia aumenta 100% em relação a 2020

Produtores de crisântemos de Atibaia contabilizaram aumento de 100% na produção da flor em comparação a 2020. Fortemente prejudicado pela pandemia de Covid-19 - alguns produtores relatam que perderam 90% na produção no período -, o setor ensaia uma recuperação com a movimentação no mercado provocada pelo feriado do dia 2 de novembro, uma das datas comemorativas mais importantes para o segmento.

Os crisântemos ainda são as flores mais procuradas para as homenagens do Dia de Finados, em 2 de novembro. O costume de levar flores ao cemitério para homenagear os mortos é um hábito praticado há séculos e as coroas de flores são utilizadas em funerais desde, pelo menos, a Grécia Antiga, simbolizando respeito e consideração à memória daqueles que morreram.

Uma das datas mais importantes para o mercado de flores, o Dia de Finados é tradicionalmente marcado pelo aumento da procura por crisântemos de vaso e de corte e os produtores do município estimam crescimento em torno de 50% neste período. Contribuindo para a movimentação do setor, manutenção e geração de empregos, o incremento das vendas dá início à recuperação do segmento, paralisado em 2020 devido ao fechamento de velórios e cemitérios provocado pela pandemia.

É o caso do Sr. Nelson Yoshida, produtor de Atibaia que teve a produção paralisada no ano passado, optou pela produção de legumes para não ter que despedir o quadro de funcionários e, agora, retoma a produção de crisântemos: "Acreditamos que a retomada será gradativa, aos poucos os setores estão retomando e acho que em breve estaremos com a produção mais equilibrada de flores".

O aumento nas vendas projetado pelo setor tem animado comerciantes como o Sra. Clara Tanio, produtora de crisântemos de vaso que espera comercializar em torno de 42 mil vasos: "Este ano os pedidos foram realizados antecipadamente, coisa que não aconteceu nos últimos anos, Devido à procura, aumentamos o número de funcionários temporários".

Atibaia é destaque nacional na produção de flores de corte, vaso e de forração, representando 25% da produção nacional de flores, a maior parte comercializada no Veilling Holambra e escoada para o Ceasa e Ceagesp.