Quando a tristeza vem
Eu pensei que já tinha pensado em tudo, só que, de repente cheguei à conclusão que ainda tem muita coisa para ser pensada. É verdade. Verdade mesmo. O que é que você pensa, mano? Somos bilhões e bilhões de habitantes neste mundo de Deus, noves fora a África, a Europa, a América, eu falo da do Sul, da do Norte e até lá de sei lá onde.
Tem muito mundo neste mundo, difícil a gente conhecer tudo de qualquer dos mundos e, claro, muito menos o tudo de todos.
Sim, eu já saí daqui e fui até ao lado de lá do nosso mundo, eu falo, claro, do mundo que fica no lado de lá deste mundo que é o nosso. O lado de lá também tem gente do norte, do Sul e do meio. Gente do Leste e do Oeste. Então, enquanto uns dormem por aqui, outros acordam por lá.
Outros, mais ainda, não sabem se dormem ou se acordam, pois ficam no meio da noite e no meio do dia. Enquanto o amanhã será outro dia por aqui será depois de amanhã por lá.
" Lá, onde? "
Fique claro que esse "por lá" que eu escrevi fica do lado de lá do mundo claro, enquanto nós ficamos do lado de cá. E tem também os outros que ficam no meio disso, dá para entender?
Além de não ser nada fácil, fica mesmo é muito difícil, pois o povo do lado de lá fala coisas que a gente não entende e até duvida e eles também duvidam das coisas que a gente fala por aqui.
"Do you understand?". Isso aí mano, e essas palavras aí escritas querem dizer "você está me entendendo?".
Fácil, não? Tão fácil que nem eu entendo tudo o que dizem ingleses, franceses, alemães, russos e sei lá quantos povos mais. Noves-fora os japoneses e coreanos e sei lá quais as tantas línguas que falam por aí. Talvez a gente até se entendesse por gestos.
Mas, pelo amor de Deus, cuidado com os tais gestos, pois existem gestos que são piores que palavrões. Já pensou no perigo?
A linguagem e os gestos de tantas gentes, podem dizer coisas que a gente, eu digo nós mesmos, jamais entenderíamos.
" E tome coisas "
Por falar nisso, nem sei porque estou falando ou escrevendo todas estas coisas que, pensando bem, não tem nada a ver com nada. O problema é que eu já havia escrito um texto e, num descuido, daqueles bem descuidados, acabei pressionando uma tecla do computador que trazia muito clara uma palavra, maldita, palavra que, ao invés de ser escrita na tradicional cor preta, vinha na cor vermelha - e pior - em negrito
Sigo em frente porque atrás vem gente, como diz o dito popular. E quando eu digo o dito popular, não quero dizer o Dito, aquele amigo meu que trabalha na feira e fica dizendo coisas e loisas para se livrar dos trecos que ele leva para vender. E eu sempre compro.
Eu estava posto e disposto a falar do Lula, do Curintia, das coisas da vida e caí no embaraço me embaraçando todo para terminar esta história que nem tinha começado.
" Enfim, o fim "
Mas, enfim, com tanta coisa para ser falada, com tanto comentário que se poderia fazer sobre isso ou sobre aquilo ou até o aquilo-outro, das coisas e loisas, das tristezas dos acidentes como aquele do choque de dois aviões nos céus de Washington, coisa inexplicável, tanta gente morrendo sem dó nem piedade, a gente acaba até ficando sem palavras, tocado pelas tristezas deste mundo que às vezes nos deixa até sem vontade de dizer ou escrever.
Tristeza é a palavra.
Tristeza, muita tristeza até para pensar, para falar, para escrever.
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